segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Procura apresentar-te a Deus, aprovado!

Na época de Timóteo, a Igreja já vivenciava uma das suas mais perigosas transições. O novo tipo de sociedade que estava se estabelecendo naquele contexto preponderava para o pluralismo, influenciando a Igreja Cristã e sua forma de ser, o que não é muito diferente dos dias de hoje. As igrejas estavam cercadas de vários problemas doutrinários que, na percepção de Paulo, ameaçavam a pregação original do Evangelho.

Como se não bastasse, muitos deixavam de pregar a vida cristã, preferindo as “sutilezas da filosofia” vigente. Cada época, a sociedade elege um conjunto de pensamentos e de prática, precipitando um estilo de vida e de comportamento. A Igreja é chamada a conviver com esses problemas, mas precisa aprender a interferir, pois o nosso chamado é para sermos “sal da terra” e “luz do mundo”, como lembrou Jesus, o profeta de Nazaré (cf. Mt 5).

Soma-se a isso, o fato de muitos terem abandonado o ministério na Igreja na época de Timóteo, passando a defender as novas doutrinas que surgiam, estabelecendo um novo padrão comportamental espiritual. É muito oportuno relembramos uma orientação do apóstolo a Timóteo – “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis” (1Tm 4.12).

Salta aos olhos a importância do “cuidado” com a vida cristã e com a caminhada espiritual, a qual Paulo apregoa em forma de orientações quando se dirige a Timóteo, em suas cartas:
– Cuida de ti mesmo e da doutrina (1Tm 4.16);
– Foge das paixões da mocidade (2Tm 2.22);
– Segue de perto meu ensino (2Tm 3.10);
– Permanece naquilo que aprendeste (2Tm 3.14);
– Prega a palavra, quer seja oportuno quer não (2Tm 4.2).

Três aspectos me chamam a atenção nas orientações de Paulo a Timóteo:

– É nosso dever cuidar da Igreja, cuidando uns dos outros;
– É dever particular de cada membro cuidar "cada um de si mesmo";
– É dever da Igreja se cuidar contras as heresias dos tempos modernos e atuais.

Nesses aspectos, residem, ao meu ver, o caráter de um servo que pode ser classificado como aprovado. Portanto, Timóteo não tem escolhas diante das recomendações do apóstolo Paulo. Quase todas as expressões estão no imperativo, portanto, são mandatórias. Sua obediência é essencial e é isso que melhor o qualifica como servo de Deus, aprovado.

Rev. Gercymar Wellington Lima e Silva